Por Rafael Marangoni*

A inteligência artificial (IA) deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade em um mundo cada vez mais digital e orientado por dados. Empresas e profissionais que não adotarem a IA nos próximos anos terão impactos significativos em sua competitividade e, muito provavelmente, ficarão (e serão) ultrapassadas. Já podemos dizer, com segurança, que tal tecnologia é essencial para manter-se relevante e eficiente no mercado, mas o que pouco se fala é do quanto o ambiente em nuvem (cloud) será importante para esse advento tão disruptivo.

A IA veio revolucionar a forma como as empresas operam e deve ser usada para melhorar a eficiência, aumentar a produtividade, aprimorar a experiência do cliente e desenvolver novos produtos e serviços. São inúmeros exemplos de aplicação dessa tecnologia capaz de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, liberando os profissionais para atividades mais criativas e estratégicas e aumentando a eficiência de suas rotinas. Será um momento em que os seres humanos poderão ser mais humanos, investindo mais tempo nas habilidades humanas e comportamentais. Além disso, a IA pode ser usada para melhorar os resultados e eficiência das empresas, fornecendo aos gestores responsáveis insights baseados em dados, em informações concretas, e até ajudar a desenvolver novos produtos e serviços para atender às necessidades dos clientes.

Quando combinamos a inteligência artificial com a computação na nuvem, passamos a usufruir de um instrumento sem parâmetros comparativos, pois o ambiente de cloud computing é elemento-chave para a implementação de projetos de IA. Certamente, esta é uma das tendências mais importantes da tecnologia. Segundo o instituto de pesquisa Gartner, até 2024, 60% das empresas brasileiras utilizarão IA na nuvem. Muitos serviços atrelados à inteligência artificial já estão disponíveis diretamente nas plataformas de nuvem, facilitando a adoção e a execução dos projetos. A nuvem e a IA podem ser usadas para melhorar a eficiência, a produtividade e a segurança de uma ampla gama de aplicações, isto porque a nuvem permite armazenar e processar grandes volumes de dados – essencial para a aprendizagem de máquina (machine learning). Mais do que isso, a nuvem oferece alta capacidade de processamento e flexibilidade, possibilitando treinar modelos de IA complexos para identificar padrões e tendências.

Na robótica, por exemplo, a cloud pode ser usada para controlar e monitorar robôs à distância ao mesmo tempo em que a IA permite a tomada de decisões. Já na cibersegurança, a nuvem propicia o armazenamento e o processamento de dados de forma segura ao passo que a IA identifica e impede ataques cibernéticos em tempo real. Bancos já estão usando cloud e IA para melhorar o atendimento ao cliente, detectar fraudes e gerenciar riscos; empresas de saúde estão utilizando a combinação para desenvolver novos tratamentos, melhorar a precisão dos diagnósticos e fornecer atendimento mais personalizado aos pacientes. E, de acordo com o “8º Relatório anual do estado da produção inteligente: edição especial para o setor automotivo”, produzido pela Rockwell Automation, 31% dos fabricantes automotivos pretendem investir ou já investiram em tecnologias de IA e aprendizado de máquina. Ou seja, a nuvem fornece a infraestrutura e os recursos necessários para hospedar e executar modelos, enquanto a IA fornece a inteligência para analisar e processar os dados.

A inteligência artificial está impactando o mundo dos negócios de formas múltiplas e profundas. Além de possibilitar a criação de conteúdos impressionantes por meio da IA generativa e permitir a personalização da experiência do cliente com sistemas de recomendação, esse avanço tecnológico confere mais assertividade e velocidade às análises de dados, otimizando processos e aprimorando o atendimento ao cliente. Sem dúvidas, a inteligência artificial está abrindo caminhos para novos modelos de negócios e tornando as empresas mais ágeis e eficientes.

Em resumo, a IA é uma força transformadora que redefine a maneira como os negócios operam e interagem com seus consumidores. Na BRLink, por exemplo, um dos grandes diferenciais é justamente o suporte a empresas que querem utilizar a inteligência artificial de modo personalizado e seguro para impulsionar seus resultados e de seus parceiros, obtendo insights baseados em dados, melhorando a lucratividade e aprimorando a experiência do cliente.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, ainda podemos esperar ver a nuvem e a IA serem usadas para resolver alguns dos desafios mais importantes do mundo moderno. É impossível voltar no tempo: os profissionais e as empresas que usarem bem esta tecnologia terão uma vantagem absurda no mercado. Os retardatários perderão oportunidades de crescimento, inovação e renovação. Basta a cada um escolher em qual grupo quer estar.

Rafael Marangoni é fundador e diretor da unidade de negócios da BRLink, uma empresa de serviços gerenciados e profissionais em nuvem que foi adquirida pela Ingram Micro em 2021. Também é o criador da Escola da Nuvem, uma organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar pessoas de comunidades carentes a garantirem empregos no mercado de tecnologia em nuvem.

By Tayliny Battistella

Historiadora e publicitária que esta se descobrindo nerd e gamer. Socio fundadora do Negócios Tech.

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