Lançamentos da plataforma de ativos alternativos cresceram 35% no ano e captações somaram de R$ 86,5 milhões
A Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina, bateu recorde na distribuição de rendimentos durante o ano de 2022. Um total de R$ 18.274.732,37 foi pago para 14.962 investidores que adquiriram os tokens de 102 operações, o que corresponde a uma média de ganho por operação de R$ 179,16 mil.
No ano passado, foram lançadas 135 operações novas, que captaram um total de R$ 86,53 milhões, o que demonstra o apetite do brasileiro por ativos alternativos. O crescimento foi de 35% em relação a 2021, quando a plataforma lançou 100 operações. Para o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache, a diversificação das carteiras dos investidores é uma tendência que veio para ficar e a perspectiva é de que o número de pessoas com ativos alternativos em carteira continue a crescer, ainda mais diante do cenário atual.
“Embora também se trate de um investimento de renda variável, a volatilidade e os riscos são bem menores, pois não há efeito direto de boatos ou de decisões políticas que costumeiramente afastam investidores como ocorre na Bolsa. E os ganhos podem ser muito altos”, comenta.
O ano de 2022 também foi marcado pelo lançamento de novas teses de investimentos pela Hurst, que passou a ofertar ao mercado operações no metaverso, royalties de cinema e royalties científicos. “Queremos ser a ponte entre o capital e os ativos ligados à ciência, arte e tecnologia”, afirma o CEO da Hurst Capital.
Rentabilidade acima da média
A rentabilidade projetada da maioria dos ativos oferecidos pela Hurst costumar ser acima de 18% ao ano, muito acima de outros investimentos tradicionais. Para se ter uma ideia, em 2022 o Ibovespa registrou valorização acumulada de 4,69%, enquanto a inflação medida pelo IPCA acumulou alta de 5,9% até novembro e a poupança de um retorno de 7,9%. Já a taxa média de certificados de depósito interfinanceiros (CDI) ficou em 12,50%.
Durante o ano passado, o maior volume de rendimentos pagos pela Hurst está relacionado aos ativos empresariais (R$ 6,596 milhões), seguidos dos judiciais (R$ 5,872 milhões), royalties musicais, (R$ 3,357 milhões) e imobiliários (R$ 1,19 milhão). Já as operações com obras de arte distribuíram R$ 821 mil e as com criptomoedas, lançadas mais recentemente, deram ganhos de R$ 440 mil.
Farache lembra que o que tem levado os investidores a optarem por estes ativos é principalmente a descorrelação do cenário econômico, afetado pela alta dos juros americanos e incertezas diante da troca de governo. “O royalty musical depende da execução da obra nos streamings, rádios, shows e em outras mídias. Quanto mais tocada, mais pode render. Obra de arte é um segmento totalmente independente, voltado à classe alta e cuja valorização independe até mesmo das condições econômicas de um país. Se não houver compradores de obras por aqui, basta negociar no exterior”, diz.
Tais investimentos até podem estar atrelados a índices de inflação como o IPCA ou a taxas de juros como o CDI ou a Selic, mas isso ocorre para garantir ganho real ao investidor. “Se eles apresentarem recuo, mesmo assim o retorno será positivo, mantendo a proporcionalidade da rentabilidade em relação à inflação, por exemplo”, diz Farache.
Novos lançamentos
Em relação às captações e número de operações, a liderança ficou com os ativos judiciais. Ao total, foram 53 lançamentos com um volume de investimentos captados de R$ 40,7 milhões. Já as 26 operações de ativos empresariais somaram R$ 17,67 milhões.
Em 2022, a Hurst estreou no segmento cripto, com o lançamento de 22 operações que somaram R$ 12,154 milhões. Destaca-se a Metaverse Basket — Cripto do Brasil, cesta de criptoativos de exposição diversificada composta por cinco das principais moedas virtuais usadas na construção de estruturas internacionais do metaverso.
Já os royalties musicais atingiram 19 operações e um valor captado de R$ 7,927 milhões. Dentre estas, chamou a atenção a terceira operação com obras do compositor e cantor Toquinho. O pacote, lançado em setembro, envolveu 21 fonogramas inéditos, cujos lançamentos tiveram início em 16 de setembro e serão concluídos até 8 de março de 2023.
O segmento de obras de arte registrou 7 operações que envolveram nomes como a da dama do abstracionismo brasileiro, Tomie Ohtake e as artistas brasileiras centenárias Judith Lauand e Jandyra Waters. No total, o volume de investimentos somou R$ 3,588 milhões.