Direto do Pantanal, lições inesperadas da natureza chegam para inspirar estratégias de inovação e adaptação no mundo corporativo. Entenda como a conectividade e a resiliência deste grande felino podem ser a chave para o futuro do seu negócio.
Olá, empreendedor e entusiasta da inovação! Aqui no Negócios Tech, estamos sempre em busca das tendências que moldam o futuro dos mercados. E se eu lhe dissesse que a próxima grande lição para a sua startup ou empresa não está no Vale do Silício, mas nas vastas planícies do Pantanal?
No próximo dia 28 de agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP) promove uma palestra que, à primeira vista, pode parecer distante do nosso universo de tecnologia e negócios: “Colapso de Fronteiras: o que a onça-pintada nos ensina sobre conectividade e resiliência no Pantanal”. O evento, parte do Ciclo de Palestras Wolfgang J. Junk de 2025, será ministrado pelo Dr. Manoel dos Santos Filho, um dos maiores especialistas em ecologia de mamíferos do país.
Mas o que a jornada de um predador topo de cadeia tem a ver com os desafios de um mercado cada vez mais volátil e competitivo? A resposta é: tudo.
A Fragmentação de Habitats e a Quebra de Mercados
No Pantanal, a onça-pintada, para sobreviver e prosperar, necessita de vastos territórios conectados. As estradas, o desmatamento e a expansão agrícola criam “fronteiras” artificiais que isolam populações, dificultam a busca por recursos e, em última instância, ameaçam a sobrevivência da espécie. Esse fenômeno é conhecido como fragmentação de habitats.
Agora, pense no seu mercado. A transformação digital, as novas tecnologias e as mudanças no comportamento do consumidor também criam fragmentações. Departamentos que não se comunicam, sistemas que não se integram (a falta de interoperabilidade), dados que permanecem em silos e uma cultura organizacional que não promove a colaboração são as “estradas” que dividem o ecossistema do seu negócio.
Quando a informação não flui livremente, a capacidade da empresa de se adaptar, inovar e responder rapidamente às ameaças — ou seja, sua resiliência — fica seriamente comprometida.
Lições da Onça-Pintada para uma Estratégia de Negócios Robusta
O estudo do Dr. Manoel dos Santos Filho sobre como a onça-pintada lida com essas fronteiras oferece metáforas poderosas para o mundo dos negócios. Podemos extrair pelo menos duas grandes lições:
1. Conectividade é a Nova Moeda: Assim como a onça-pintada precisa de “corredores ecológicos” para se movimentar, sua empresa precisa de canais de comunicação e integração fluidos. Isso se traduz em:
- Tecnologia: Adoção de plataformas de gestão integrada (ERPs), APIs abertas que permitem a conexão entre diferentes softwares e uma infraestrutura de nuvem que centralize e democratize o acesso aos dados.
- Cultura: Fomentar um ambiente de colaboração interdepartamental, onde equipes de marketing, vendas, desenvolvimento e suporte trabalham de forma alinhada, compartilhando insights e objetivos.
2. Resiliência Através da Adaptação: A capacidade de um ecossistema (ou de uma empresa) de absorver choques e se reorganizar é um fator crítico de sobrevivência. A onça-pintada é um animal extremamente adaptável, capaz de caçar diferentes presas e explorar diversos ambientes. No mundo corporativo, isso significa:
- Estratégia: Desenvolver modelos de negócios flexíveis, capazes de pivotar rapidamente diante de crises ou novas oportunidades.
- Equipes: Investir em talentos com habilidades múltiplas (multiskills) e incentivar a aprendizagem contínua, criando uma força de trabalho que não teme o novo.

O Futuro é Bioinspirado
A palestra do INPP é um convite para pensarmos fora da caixa. A natureza, ao longo de milhões de anos de evolução, desenvolveu as soluções mais eficientes e resilientes que conhecemos. A biomimética — inovação inspirada na natureza — já é uma realidade em áreas como engenharia e design de materiais. Por que não aplicá-la também à gestão e estratégia?
Observar como a onça-pintada navega em um ambiente complexo e em constante mudança nos força a questionar: estamos construindo “fronteiras” ou “corredores” em nossas organizações? Nossos sistemas e nossa cultura promovem o isolamento ou a conectividade?
A atividade, que ocorre de forma híbrida (presencialmente no auditório do INPP e com transmissão online), é uma oportunidade única para empreendedores, gestores e líderes de tecnologia se inspirarem em uma fonte inesperada de sabedoria. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através deste link.
E você, o que achou dessa? Já havia pensado em como a ecologia pode oferecer insights valiosos para o seu negócio? Compartilhe sua opinião nos comentários!